Morrer… por
convenção
Se cada vez,
Camões, que o amor bateu
à tua porta houvesses de morrer,
seria caso para se dizer
que a morte vezes mil te sucedeu.
Uns claros olhos não podias ver,
fazendo-te lembrar a cor do céu,
que não pensasses logo em falecer,
o que somente um dia te ocorreu.
Morrias no papel compondo versos
da mais excelsa e fina qualidade,
mas todos entre si muito diversos.
Sob este aspecto, és lídimo rival
de quantos já também na antiguidade
diziam ter sofrido… morte igual!
João
de Castro Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário