A aranha
A morte quase sempre nos apanha
traiçoeiramente, como se comporta
uma viscosa e tenebrosa aranha
ante um mosquito que lhe passe à porta.
Pode assumir as formas mais diversas
que vão da sida ao cancro ou simplesmente,
alheia a todo o tipo de conversas,
o coração nos pára… de repente.
Inútil é pedir-lhe algum favor
como seria permitir que alguém
nos apertasse a mão nesse estertor.
Quando lhe rezo, sei que rezo em vão:
ela virá quando entender por bem
sem me prestar a mínima atenção!
João
de Castro Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário