Residencial
Não
mora a poesia nas lixeiras
onde
pululam gordas ratazanas
que
se fartam de rir das ratoeiras
que
lhes armamos todas as semanas.
Não
reside tão-pouco nas bancadas
dos
deputados ou parlamentares
onde
se fazem todas as jogadas
que
permitidas são nesses lugares.
A
poesia foge das retretes
bem
como dos virosos gabinetes
dos
membros da cambada no poder.
Para
poder vingar… ela requer
um meio são,
muitíssimo arejado,
com luz entrando… até pelo telhado!
João
de Castro Nunes
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