“Floriram
por engano rosas bravas”
Quando cai neve sobre as nossas vidas
já para nada serve a poesia:
batidas pelos ventos da invernia,
as rosas fazem suas despedidas.
Estando nossas almas deprimidas
mesmo que em termos só de alegoria,
a sua verve permanece fria
ainda que do frio protegidas.
A poesia quer calor, verão,
nuvens de fogo, ondas do mar revolto,
brasas incandescentes de carvão.
Se assim não for, deixa de ter sentido
todo e qualquer poema em verso solto
ou a meras palavras… reduzido!
João
de Castro Nunes
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