Biltres
Vai-se-me a vista aos poucos apagando
após tudo ter visto na existência:
como fogueira ardendo em lume brando,
começa-me a faltar a
resistência.
Preciso já de me ir equilibrando,
longe dos tempos meus da
adolescência,
nas ruas da cidade por onde
ando
sujeito a qualquer fútil
contingência.
Estou chegando ao fundo da
ladeira
por biltres maltratado e
acossado
como por cães à solta e sem
coleira.
Espero todavia ser capaz
de em fuga os pôr, ainda que
alquebrado,
à bengalada… como aos cães se
faz!
João de Castro Nunes
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