Sob o peso dos anos que já tenho,
passando três acima dos noventa,
vai-se-me aos poucos, de maneira lenta,
afrouxando o talento que mantenho.
Ainda vou compondo os meus sonetos
sem grande custo, é certo, muito embora
eu tenha de pagar juros de mora
por serem menos ágeis e directos.
Estou pagando o jus da minha idade,
se bem que não me falta inspiração
para ir alimentado… a actividade.
De qualquer jeito, espero nunca ter
de vir a pôr em causa a perfeição
em todos os poemas que escrever!
João de
Castro Nunes
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