A face da justiça
Deve o juiz não se deixar levar
por quaisquer emoções, de mente fria,
quando perante as partes avalia
quem de má-fé pretende litigar.
Não deve em caso algum manifestar
uma sombra sequer de simpatia
ou de aversão, mantendo todavia
a sua forma própria de julgar.
As testemunhas cumpre-lhe inquirir
em mais do que evidente paridade
sem nunca alguma delas preterir.
Se assim não for, se assim não proceder,
seu nobre ofício deixará de ser
a mais alta missão da humanidade!
João
de Castro Nunes
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