Versos sem chama
Poeta que
não tenha em sua vida
uma
qualquer motivação de amor
pode
escrever poesia bem medida,
mas
sem fogo por dentro, interior.
Pode
versos compor extravagantes,
até mesmo
antológicos, perfeitos,
cheios de
alegorias fulgurantes,
versos contudo apenas sem defeitos.
Em frases e
metáforas bonitas
pode enlaçar
palavras esquisitas
tiradas de
alfarrábios poeirentos.
Caso, porém,
lhes falte um ar sequer
daquele
“fogo que arde sem se ver”,
mais não
serão do que divertimentos!
João de Castro Nunes
Há muito fogo nos seus sonetos, poeta. Muito fogo e interioridade. Ler o JCN é constatar que um poeta nem sempre é um fingidor.
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ResponderEliminarUm poeta verdadeiro
dominado pelo amor
não pode em seu cativeiro
ser um mero fingidor!
JCN
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ResponderEliminarPara uma quadra escrever
que tenha pés e cabeça
é preciso que pareça
que nada custa a fazer!
JCN
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ResponderEliminarPara F.W.
ResponderEliminarNão vá por esse caminho
se me pretende igualar:
tente primeiro afinar
as cordas do cavaquinho!
JCN
Para F.W.
ResponderEliminarEu não discuto o amor
de uma qualquer criatura,
mas apenas seu valor
à luz da literatura!
JCN
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ResponderEliminarDe cavaquinho a cavaco,
cara Senhora não teime:
olhe que o de Boliqueime
nem sequer vale um pataco!
JCN
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ResponderEliminarDepois de, cara Senhora,
ResponderEliminarler os seus versos falidos,
só me resta, por agora,
ir tratar dos meus ouvidos!
JCN
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ResponderEliminarEu no seu caso evitava
"aprumar o fio ao mar":
pode vir uma onda brava
e fazê-la naufragar!
JCN