Fumo de guerra
Houve de tudo um pouco nessa guerra
em prol de um quinto-império imaginário
que Fernando Pessoa pôs na berra
com seu nunca entendido poemário.
Houve heroísmos de caixão à cova,
nem sempre por sinal reconhecidos,
traições e deserções de cuja prova
não foram seus registos assumidos.
Se um dia se escrever a sua história
com documentação de confiança,
talvez venha ao decima muita escória.
Vivamos, entrementes, da lembrança
que cada combatente no seu peito
ainda guarda…sem qualquer proveito!
João de Castro Nunes
Aqui entre nós, poeta, que ninguém nos ouve, nunca entendi muito a poesia de Pessoa.
ResponderEliminarAqui entre nós, que ninguém nos ouve, a poesia nem é para entender.
ResponderEliminarO deslumbre da poesia do Pessoa é que até se entende.
É mesmo só para entender. Para bom entendedor.
ResponderEliminarAinda há-de haver quem me diga
se o balado... quinto-império
é para levar a sério
ou não passa de cantiga!
JCN
ResponderEliminarAliás toda a "Mensagem"
não foi mais que um tiro errado
pois passou bastante ao lado
do que ele tinha em miragem!
JCN
ResponderEliminarComo havemos de entender
o que Pessoa escreveu
se nem sempre, a bem dizer,
a si mesmo se entendeu?
JCN