Frente ao computador
Frente ao computador tenho os retratos
dos meus queridos mortos mais chegados,
assim mantendo personalizados
com todos eles… virtuais contactos.
Traço por traço, lembro-lhes os rostos
como se acaso vivos estivessem,
como aliás de facto me parecem,
aliviando um pouco os meus desgostos.
Com eles me imagino a conversar
através dos espaços infinitos,
indiferententemente do lugar.
Horas passando no computador
os olhos sempre neles tenho fitos
sob a bênção de Deus, Nosso Senhor!
João de
Castro Nunes
Um soneto tão familiar, que vejo com os seus olhos, poeta. Como se estivesse sentada no seu lugar!
ResponderEliminar