Não
tenho qualquer dúvida, hoje em dia,
que nós, humanos seres, somos fruto,
um desgraçado e trágico produto
de uma jogada, que infeliz seria.
Perante o que saiu, foi mesmo azar:
enquanto tudo o mais na criação
cumpriu sem retorquir sua missão,
a vida o homem quis questionar.
O próprio Deus, a quem deve a existência,
pôs em questão, na sua inconsciência,
como entidade, a bem dizer, fictícia.
No meio deste mar de iniquidade,
só tu, amada minha, com verdade,
não tinhas ponta alguma de malícia!
João de Castro Nunes
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