Ratoeira
Estúpido não é, mas insensato
o povo português, a nossa gente,
deixando-se levar frequentemente
por um qualquer fulano mentecapto.
Por isso os maus políticos prosperam
no seio deste povo que é o nosso,
a quem nada mais deixam que o caroço
dos frutos cuja polpa eles comeram.
Por falta de bom senso ou de cautela,
sem nos valer de nada a experiência,
caímos sempre todos na esparrela.
Com lérias ou cantigas de arroz pardo,
induzem-nos, à força de insistência,
a docilmente... suportar o fardo!
João de Castro Nunes
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