quinta-feira, 12 de abril de 2012


              Dedicação


Débil de mente, sim, mas de alma sã,
largo de costas, alto, espadaúdo,
o Roque não somente foi teu fã
como, em adolescente, o teu escudo!


Ele ficou no meu imaginário
com queda para o traje militar,
boné de pala, de ferroviário,
botas de sola grossa por atar.


Como se acaso fosse teu patrono,
dormia algumas vezes ao relento
atravessado a todo  o comprimento


na na porta da morada onde vivias,
indiferente ao frio, às ventanias,
para ninguém te perturbar o sono!


      João de Castro Nunes





1 comentário:

  1. Houve dos dias, teu triste abandono, abandona-te.
    E a semente reservada fora a mestra na calçada,
    pousa teu passarinho, quando foje a passarada...
    És cerne, jazida de ouro, vale e bebedouro.

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