Alegação final
Quando eu, Senhor! tiver que dar-te contas
da vida que levei aqui no mundo,
hei-de já ter minhas respostas prontas
para não vacilar nem um segundo.
Falar-te-ei conforme sei que gostas,
cadenciadamente, em poesia,
numa atitude humilde, de mãos postas,
com grande reverência e cortesia.
Em verso heróico, como tens por norma,
irás interrogar-me de certeza
para eu te responder da mesma forma.
Penso fazê-lo em jeito de soneto,
deixando para o último terceto
a invocação do Amor como defesa!
João de Castro Nunes
Como ei de confessar-te sem erro, sem ironia
ResponderEliminare o oceano atravessaria, de vossa calma e alento!
Vos arde a febre?! Em saberdes do julgamento.
O clamor é saudade, pátria eterna atada ao coração.