sábado, 14 de abril de 2012





   “Sé feliz como si yo estuviera contigo”  

                                                    (*)
                                                         

                   Não me pertença embora este conceito,
que me tocou no fundo o coração,
permito-me dizer, a este respeito,
que experimento a mesma sensação.


                   Não raro noto, ainda que intangível,
                   que estás ao pé de mim, sem que te veja,
                   falando-me de amor, sendo impossível
                   ouvir-te, além de mim, quem quer que seja.


                   Por vezes tenho a impressão real
                   de que me afagas com teus próprios dedos
                   sem me ser dado ver… teu visual.


                   Quem sabe se nesta hora exactamente
                   a confessarmos íntimos segredos
                   não nos achamos ambos frente a frente!


                                João de Castro Nunes


(*) Verso de Walt Whitman na tradução de Jorge Luís Borges, segundo o Dr. Joaquim de  Montezuma de Carvalho “Na voragem do eterno retorno” (DIÁRIO DOS AÇORES
22 de Outubro de 2005).

1 comentário:

  1. Qual cera, hombre em sábia lectura.
    Sabemos das estrelas ao céu, do anel
    em Saturno, de homens, é feita a humanidade
    correm aos campos em busca, a serenidade!

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