Tocar
o céu… sem mãos
quais pirilampos a luzir na estrada,
os olhos não nos servem para nada,
pois que se podem ver em pensamento,
também, de modo igual, para alcançar
a abóbada do céu, por mais distante,
não são precisas mãos, como garante
o coração que temos a pulsar.
Casando com a mente o coração,
possível é tocá-la, ao que suponho,
pelas escadas da imaginação.
Mesmo não tendo mãos desde nascença,
o céu pode agarrar-se, havendo crença
de estar ao nosso alcance… pelo sonho!
João
de Castro Nunes
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