Juízo de valor
Sei quanto vale a minha poesia:
vale oiro de muitíssimos quilates,
a palma disputando a grandes vates
em termos de cadência e melodia.
Cada soneto é uma sinfonia,
seja qual for o andamento dela,
quer gire à volta de filosofia
ou mais não seja que uma bagatela.
Ainda que espontâneos, os meus versos,
que passam para cima de três mil,
tratados são com pedra de esmeril.
Somente os mando à vida quando vejo
que sob os requisitos mais diversos
exactamente estão… como desejo!
João de Castro Nunes
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