“Senhora vá de si”
Língua que foste a usada por Camões
para cantar o amor e, em simultâneo,
acima de qualquer contemporâneo,
da pátria augusta os ínclitos varões;
língua que lembras o latim de Roma
que um dia se falou na Europa inteira
e neste português rincão da Beira
se fala ainda com o mesmo aroma;
língua que açucarada no Brasil
academicamente ainda conservas
a clássica pronúncia em Arganil;
língua espalhada à volta do universo
e que aprendi de minha mãe no berço,
te rendo preito e louvo sem reservas!
João de Castro Nunes
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