Nem uma flor!
no seu aniversário convidou
para a sessão da congratulação
os animais da selva onde reinou.
Sentiu-se cada qual na obrigação
de lhe levar a prenda que arranjou
desde um petisco para a refeição
até um verso que lhe recitou.
Estava comovido o rei da selva
quando de súbito avistou na relva
um cortesão com uma flor na boca:
-- “De ti, bicho do chão, nem uma flor,
serpe nojenta, a quem o Criador
deu por morada a escuridão da toca”!
João
de Castro Nunes
muito bonito
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