Montes Hermínios
Em todo o ano a serra da Estrela,
fosse inverno ou verão, não importava,
outono ou primavera, que mais dava,
branca era sempre como a alma dela.
Vezes sem conta os dois a percorremos
investigando sobre os lusitanos,
de carro, a pé, durante a dúzia de anos
em que na sua região vivemos.
Tua presença física e moral
tornava-a clara e sobrenatural,
fizesse sol ou não raiasse a lua.
Contigo, ó meu amor, sempre ao meu lado,
a Estrela, mesmo não tendo nevado,
tinha a brancura do arminho, a tua!
João de Castro Nunes
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