Quando respiro o ar da região
na qual fez Deus o altíssimo favor
de para mim guardar teu coração
repleto de inocência e de pudor,
tenho vontade de me ajoelhar
e de mãos postas, piedosamente,
Lhe agradecer Lhe testemunhar
todo o enlevo que minha alma sente.
Ao respirar o ar que respiraste,
quer antes quer depois, sendo já minha,
noto no ar dos sítios onde andaste
um suave aroma próprio das eleitas,
que sem saber porquê de ti provinha
e morta sob a terra ainda deitas!
João de Castro Nunes
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