Um mau soneto deixa-me doente,
dá-me cabo dos nervos: é frustrante
ver aviltar a forma mais brilhante
de um género poético excelente!
Exerce sobre mim a mesma acção
que numa orquestra categorizada
produziria uma harpa mal tocada
por insegura ou sertaneja mão.
Quem do soneto a arte não domina
tente outras mais banais modalidades,
trocando a lira pela concertina.
Sonetos... só perfeitos, impecáveis,
sem pífias ou quaisquer deformidades
estilisticamente... indefensáveis!
João de Castro Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário