(Camoneando)
Em cativeiro posto, acorrentado
de pés e mãos, sem ver a luz do dia,
em lôbrega e misérrima enxovia,
atormentado e mal alimentado,
se proposto me fosse ou alvitrado
que dada a liberdade me seria
a troco da verdade, em garantia,
sem vacilar… teria recusado.
Nada há que a pague, nada que a compense,
valendo a pena a vida até perder
para sem qualquer mácula a manter!
Ninguém por coisa alguma me convence,
a mal ou bem, carícias ou insulto,
à sórdida mentira a prestar culto!
João de Castro Nunes
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