Mesmo, Senhor! que tu não me respondas
quando a voz te dirijo em minhas preces;
mesmo, Senhor! que tu de mim te escondas
quando te busco e tu não me apareces,
não deixarei por isso de insistir
com toda a minha fé, sem desistência,
até que um dia acabes por me ouvir
recompensando a minha persistência!
Quero tão-só dizer-te que acredito
que liberto do corpo que me prende
me hei-de fundir contigo… no infinito.
Incorporado a ti, que és todo luz,
o meu lugar suponho que depende
de como suportei a minha cruz!
João de Castro Nunes
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