segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


                      Versos sem chama

 

Poeta que não tenha em sua vida

                   uma qualquer motivação de amor               

pode escrever poesia bem medida,

                   mas sem fogo por dentro, interior.

 

                   Pode versos compor extravagantes,

até mesmo antológicos, perfeitos,

cheios de alegorias fulgurantes,

                 versos contudo apenas sem defeitos.

 

Em frases e metáforas bonitas

pode enlaçar palavras esquisitas

tiradas de alfarrábios poeirentos.

 

Caso, porém, lhes falte um ar sequer

daquele “fogo que arde sem se ver”,

mais não serão do que divertimentos!

 

        João de Castro Nunes

 

13 comentários:

  1. Há muito fogo nos seus sonetos, poeta. Muito fogo e interioridade. Ler o JCN é constatar que um poeta nem sempre é um fingidor.

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  2. Um poeta verdadeiro
    dominado pelo amor
    não pode em seu cativeiro
    ser um mero fingidor!

    JCN

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  4. Para uma quadra escrever
    que tenha pés e cabeça
    é preciso que pareça
    que nada custa a fazer!

    JCN

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  6. Para F.W.

    Não vá por esse caminho
    se me pretende igualar:
    tente primeiro afinar
    as cordas do cavaquinho!

    JCN

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  7. Para F.W.

    Eu não discuto o amor
    de uma qualquer criatura,
    mas apenas seu valor
    à luz da literatura!

    JCN

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  9. De cavaquinho a cavaco,
    cara Senhora não teime:
    olhe que o de Boliqueime
    nem sequer vale um pataco!

    JCN

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  11. Depois de, cara Senhora,
    ler os seus versos falidos,
    só me resta, por agora,
    ir tratar dos meus ouvidos!

    JCN

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  13. Eu no seu caso evitava
    "aprumar o fio ao mar":
    pode vir uma onda brava
    e fazê-la naufragar!

    JCN

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