segunda-feira, 19 de março de 2012


                           Frouxidão


         Detesto os vates que em seus versos reles,
                   lamechas, lamentosos, sem vigor,
                   se queixam da maneira como o amor
                   os trata sem ter pena alguma deles!


                   O verso quer-se forte, respirando
indiscutível autenticidade,
sem mostrar laivos de fragilidade
ou de carácter frouxo, peco e brando.


O verdadeiro amor, sacramentado,
raiz da condição familiar,
sem sombra de baixeza ou de pecado,


de jeito ou modo algum se compadece
com versos ou poemas a rondar
a pieguice… que nos envilece!


         João de Castro Nunes



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