Frouxidão
Detesto os vates que em seus versos reles,
lamechas, lamentosos, sem vigor,
se queixam da maneira como o amor
os trata sem ter pena alguma deles!
O verso quer-se forte, respirando
indiscutível autenticidade,
sem mostrar laivos de fragilidade
ou de carácter frouxo, peco e brando.
O verdadeiro amor, sacramentado,
raiz da condição familiar,
sem sombra de baixeza ou de pecado,
de jeito ou modo algum se compadece
com versos ou poemas a rondar
a pieguice… que nos envilece!
João de
Castro Nunes
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