“mar da palha”
que ao mundo se fizeram meus avós
em frágeis caravelas que por si
semelhavam no mar cascas de nós.
Alguns não mais tornaram; sabe Deus
onde terão ficado ou se morreram,
com suas ilusões, longe dos seus,
a quem punhados de ouro prometeram.
Daqui partiu Camões, um pobretana
que muito para além da Taprobana
em bolandas andou, sem se arranjar…
Gabando-se de haver estado em Goa,
muita gente voltou... para em Lisboa
muita gente voltou... para em Lisboa
não mais deixar… de se pavonear!
João
de Castro Nunes
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