quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sonata azul

Ouvidos ler ou lidos no papel,
os meus poemas na realidade
têm a cor, têm a tonalidade
dos olhos de David, rei de Israel.

Têm da turquesa a cor imaculada
peculiar da classe da nobreza,
a cor por excelencia que se preza
de ser da natureza a mais cotada.

Tanto na forma como no sentido,
passando pelo seu vocabulário,
dariam para forro de sacrário.

São castos, meu amor, como os teus olhos
de um verde-azul, suave, enternecido
capaz de em rosas transformar abrolhos!

João de Castro Nunes

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