Suave aragem
Linda e serena, muito bem composta,
deitada no caixão, ninguém diria
que não dormias, como a gente gosta
ao fim de longo e trabalhoso dia.
Foste feliz em vida e sê-lo-ás
também depois da morte, transformada
no
pó da terra onde o teu corpo jaz
sem todavia desfazer-se em nada.
Da mesma carne, a tua descendência,
alardeando… a tua identidade,
penhor será da tua permanência.
Uma suave aragem que perpasse
em cada rosto é por afinidade
como se fosse em tua própria face.
João de Castro Nunes
Do carisma em pertences seus.
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