Rucinha
Eu trago na carteira resguardado
um caracol que foi do teu cabelo:
fui eu que to cortei para trazê-lo
junto ao meu coração apaixonado.
É cor do sol um tanto acastanhado
e tem reflexos de ouro em todo ele:
fazia realçar a tua pele
e teu olhar azul-esverdeado.
Chamavam-te rucinha pelo tom
que o teu cabelo tinha, sendo bom
ficá-lo a ver do pórtico da igreja
quando aos domingos ias lá rezar
e, vendo-te pertinho do altar,
até do próprio Deus eu tinha inveja!
João de Castro Nunes
Ao fogo em não queimar-se o lenho verde.
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