Quando outra vez, amor, nos encontrarmos,
onde não sei, talvez entre as estrelas
ou se calhar até para além delas
e novamente as mãos entrelaçarmos,
não mais te escreverei versos de amor,
poemas de saudade e de paixão,
por termos uma nova ocasião
de nos amarmos com dobrado ardor.
Unidos num só corpo feito luz,
fazendo parte já da divindade,
a nada a poesia se reduz.
Como juntar-me a ti em breve devo,
talvez que sejam estes, na verdade,
os últimos poemas que te escrevo!
João de Castro Nunes
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