Trave mestra
Ao mundo que eu ergui à minha volta
faltou-lhe a trave mestra, soçobrando
de forma atroz e pouco mais ficando
que cinza amontoada e pedra solta.
Só me resta penar entre os escombros,
muito embora o fulgor do seu sorriso
me venha confortar quando preciso
de suportar mais peso sobre os ombros.
Mas tenho fé que um dia entre as estrelas
com meu amor terei um outro lar
sem precisão de portas nem janelas.
Com a sua presença garantida
por todo o sempre, ou seja, sem findar,
eu hei-de refazer a minha vida!
João de Castro Nunes
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