Para além do tempo
Quem como nós amou morrer não pode,
em circunstância alguma da existência,
por mais que o tempo à nossa volta rode
com todo o seu furor, sem desistência!
Há-de a terra acabar, conforme penso,
e deixar o universo de expandir-se;
o nosso amor, porém, que foi tão denso,
nunca por coisa alguma há-de extinguir-se!
O próprio Deus há-de ficar varado
ao constatar que da existência humana
teria algum vestígio perdurado.
Se a minha intuição me não engana,
o nosso amor o tempo há-de poupar
mesmo depois de tudo… devorar!
João
de Castro Nunes
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