O vaso rachado
em cada extremidade de uma vara
dois grandes vasos, um dos quais largava
pelo caminho a água que buscara.
Ante a vasilha intacta, sem defeito,
a vasilha rachada se sentia
envergonhada por, daquele jeito,
a casa regressar… quase vazia.
A verdade, porém, é que do lado
da vasilha rachada iam brotando
rosas no chão que o vaso ia regando.
Não diga pois ninguém, desalentado,
que para nada serve nesta vida,
porquanto… tudo tem contrapartida!
João de Castro Nunes
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