O teu lenço de assoar
o teu lenço, meu amor,
tem uma espécie de odor
que me dá gosto aspirar.
Trago-o no bolso comigo
desde a altura em que mo deste:
é como prenda celeste
de que nunca me desligo.
Nunca
dele me separo
em qualquer hora do dia
como de um tesouro raro.
Quando eu for a sepultar,
quero-o comigo levar
a fazer-me companhia!
João
de Castro Nunes
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