“O carteiro”
que um dia se enamora de uma dama
querendo antes do mais saber primeiro
o nome que ela tem, como se chama.
Para uns é Beatriz, como a de Dante,
para outros Leonor, Laura ou Diana,
para Camões ignora-se… perante
os vários nomes com que nos engana.
Todos somos carteiros na existência
que em dada altura, sem lugar nem data,
nos vemos nessa súbita emergência.
Só que nem todos temos um Neruda
para com seus poemas na hora exacta
nos dar a sua… calorosa ajuda!
João de
Castro Nunes
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