Quisera ser uma águia soberana
de asas possantes, fortes, resistentes,
para voar por cima das vertentes
em que rasteja a criatura humana!
Quisera ser uma águia sobranceira
de acutilante e penetrante olhar
para do céu diáfano enxergar
na sua vera essência a terra inteira!
Quisera, Pascoaes, ter o teu génio,
o teu talento, ó “Águia do Marão”,
por obra de metáfora ou convénio!
Quisera, como tu, perto dos astros
voar, pensar, sem nunca estar de rastros
ante o poder… em plena solidão!
João de Castro Nunes
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