Não sei se há lobos por aqueles lados
farejando os rebanhos à distância
como naqueles tempos recuados
em que existia ainda a transumância.
Por mim devo dizer que nunca os vi
em toda a Beira, interior ou não,
que outrora palmilhei, que percorri
em todos os sentidos sempre em vão.
De facto nunca os vi, de olhos nos olhos,
num frente a frente, o peito a descoberto,
quer isoladamente quer aos molhos.
Mas lá que os há... tenho a certeza disso
pelos seus uivos, pelo som castiço
do seu jeito de andar, estando perto!
João de Castro Nunes
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