quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Soneto nº 2.180


                         Arca da aliança

                   De todos os altares em que a Deus
                   lhe apraz ser adorado, o preferido
                   é a alma da mulher vinda dos céus
                   para seu tabernáculo… escolhido.

                   É uma verdade de que não duvido,
embora oculta por espessos véus,
um credo sem reservas assumido
por obra de critérios não só meus.

É trono incorruptível cravejado
De finíssimas pedras preciosas
Irradiando luz por todo o lado.

Seja, pois, a mulher o ser humano
cuja alma, em paridade com as rosas,
acima deva estar de qualquer dano!


       João de Castro Nunes 

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