Rosas para a Rucinha
Um braçado de rosas apanhei
para te dar, amor, com minha mão
e por um recoveiro tas mandei,
dando-lhe certa a tua direcção.
Foi numa igreja que eu o encontrei
quando lá fui fazer minha oração:
era um anjo do céu, pois reparei
ter asas conforme é de tradição.
Logo me disse que te conhecia,
como aliás os seus colegas todos,
a quem fazias grata companhia.
Embora virtuais, espero, amor,
as tenhas recebido, face aos modos
como ele disse estar ao meu dispor!
João de Castro Nunes
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