Grão de sal
Se o poeta não puser
nas suas composições
um grão de sal, é fazer
intragáveis pastelões.
Para ter algum sabor
D e sal precisa a comida:
para ter qualquer valor
o verso tem de ter vida.
Sem ter graça a poesia
por mais correcta que seja
é mera sensaboria.
Um certo humor, ao compô-lo,
é para o verso a cereja
que em cima se põe do bolo!
João de
Castro Nunes
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