segunda-feira, 14 de outubro de 2013


Soneto nº 2.100

                      Incongruências

 

Aquele fogo que se apelida amor,

                   invisível aos olhos corporais,

                   com seu forte poder abrasador

                   a cinzas nos reduz ou pouco mais.

 

                   Quando se ateia em nosso interior

                   por causas várias, circunstanciais,

                   ficamos desde logo ao seu dispor

sujeitos por grilhões sentimentais.

 

É de temer a sua aparição,

pois uma vez de nós se apoderando

nunca mais deixa de nos ter na mão.

 

O mal... é que esse fogo nos destrói,

não sem prazer nos ir proporcionando

                 pela simples razão… de que não dói!

 

        João de Castro Nunes

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