Hão-de apagar-se um dia no universo
todos os astros, todas as estrelas,
mas nem que seja apenas num só verso
tu ficarás, amor, no lugar delas!
Em seu lugar teus olhos brilharão
nessa insondável órbita vazia
e as letras do teu nome ecoarão
nas sílabas da minha poesia!
Quando já nada houver senão nós dois,
com Deus a prolongar o nosso amor,
seremos noivos outra vez, depois.
Do tempo ultrapassando a própria linha,
em crer estou que nunca se há-de pôr
em causa a infinitude da Rucinha!
João
de Castro Nunes
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