Coração de
aluguer
Eterno Deus, talvez por te encontrares
mais do que farto… de morar no céu,
como se fosse um vasto mausoléu,
terá sido a razão de me criares!
Determinaste de habitar em mim
na caixa do meu peito, exactamente
no coração, que é onde toda a gente
a sete chaves guarda o seu marfim!
Enquanto me pagares o aluguer,
ignoto Deus, que sinto mas não vejo,
dispõe da casa… como te aprouver.
Porém, se alguma vez te faltar verba,
sê franco, por favor, não tenhas pejo,
que sobre o caso eu manterei reserva!
João
de Castro Nunes
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