D. Leonor de Bragança
Posta à veneração de todo o mundo
podia estar agora nos altares
a consorte de D. João Segundo,
ornada de virtudes singulares.
Por um crime de amor em que caiu
o seu régio marido, ela, ao sabê-lo,
com tanta impiedade reagiu
que até na morte se escusou a vê-lo.
De nada lhe valeu ser fundadora
de cem Misericórdias portuguesas
instituídas pelo reino fora…
Tão dura e crua foi de coração
que a Santa Sé, de resto sem surpresas,
lhe negou sempre… a canonização!
João de Castro Nunes
Portugal tem dessas histórias
ResponderEliminare gravidade de quantos amores
que ao comum suspensa aléia
e a natureza humana supera.