Sentimentalismo
de cordas afinadas, soluçando,
horas tardias, noite dentro, quando
seus sons parecem ter ecos divinos.
De uma pureza são que me inebria
e meus sentidos todos faz vibrar,
brotando então de mim, sem me esforçar,
quase espontaneamente a poesia.
Motivam-me de modo especial,
sentimentais, as valsas da alma eslava,
no fundo à portuguesa quase igual.
Exercem sobre a minha compleição,
dos seus acordes mórbidos escrava,
uma inefável e profunda… acção!
João de Castro Nunes
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