quarta-feira, 5 de dezembro de 2012


 

                            Suave milagre

 

                   Rabi da Galileia, Jesus Cristo,

                   tenho um filho doente, muito mal:

                   preciso que mo cures, está visto,

                   com teu grande poder celestial!

 

                   Tens-me aos teus pés clamando à tua frente,

                   como o centurião dos evangelhos,

                   de mãos erguidas, fervorosamente,

                   e quase rastejando… de joelhos!

 

                   Em vão nunca ninguém te dirigiu

                   as suas preces sempre que se viu

                   a braços com qualquer tribulação.

 

                  Eu sei, Rabi, que está na tua mão

                   curá-lo se quiseres, pois até

                   podes os mortos mandar pôr de pé!

 

                            João de Castro Nunes

3 comentários:

  1. Acrescente-lhe as minhas preces. Duas ou mais almas fazem uma legião. Um abraço estimado poeta!

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  2. Em cadeias de solidariedade, muitos... nunca são demais! JCN

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  3. Até poucos serão muito, caro Poeta. O sofrimento sempre foi o trampolim para a partilha. Não se deseja, não se enaltece, mas existe e chega a levar a cumes de humanidade. E aí, por muito que pareça invisível e impossível, existe nesta comunhão uma luz que sublima o sofrimento. Nada nem ninguém é inutilmente inventado. É só mais a colheita de uma flor, para um encontro longamente adiado.

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