segunda-feira, 15 de julho de 2013


  
                            Feliz envelhecer

 

 

 

                  Apesar dos achaques inerentes

aos anos de uma vida prolongada,

ainda hoje passo dias, entrementes,

sem, desde logo, me queixar de nada!

 

 

Ainda aguardo o sol cada manhã

e vejo à noite o brilho das estrelas

com mente lúcida, inspirada e sã,

isenta de vesânicas… mazelas.

 

 

Componho noite adentro os meus poemas,

horas a fio, trabalhando o verso

como se acaso lapidasse gemas.

 

 

A velhice assumindo de bom-grado,

com meus extintos ídolos converso,

feliz de um grande amor ter encontrado!

 

 

       João de Castro Nunes

 

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