Camões cantou, sem nomear alguém,
a alma gentil, a criatura amada,
que Deus, antes do tempo, houve por bem
chamar à sua angélica morada.
Quem fosse a alma gentil do grande vate
só ele com verdade o saberia,
podendo acontecer que até se trate
de literária e pura fantasia.
Como é diverso o caso que me afecta,
só que eu não tenho o estro do Poeta
para cantar quem tanto me encantou!
A minha alma gentil foi tão real
e personalizada ou tal e qual
os oito filhos que de si gerou!
João de Castro Nunes
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